Da série: eu não preciso ter motivos pra odiar alguém.

Algumas coisas me irritam. Não são muitas, mas costumo me irritar com atitudes simples.

Uma situação que me deixa com vontade de arrancar as unhas da pessoa com alicate enferrujado é quando envolvem religião em assuntos que nada tem a ver com isso.

Ônibus: 14h30 de um dia comum, útil.
Entro no ônibus e sento e um casal fica atrás de mim. Conversam sobre jogo. Um deles, se dizia viciado em bingo e caiu num golpe, tirou dinheiro que mal tinha pra apostar em nome de uma outra pessoa, quando tinha quase perdido tudo, percebeu o golpe e foi embora. Segundo ele, nessa hora Deus o ajudou a perceber que estava sendo enganado.

Meu amigo, você joga porque é idiota, não envolva Deus nas suas trambicagens e golpes. Você caiu no golpe achando que ia se dar bem, ganhar dinheiro fácil, sem trabalhar. Foi tão filho da puta quanto quem aplicou, então vai dormir e não enche o saco de Deus com suas pentelhices.

Logo depois a mulher comenta.. Esqueci o feijão no fogo, quase ia queimar tudo, de repente lembrei, corri e apaguei o fogo. Foi jesus que me fez lembrar do feijão.

Porra, minha senhora, você dá tanta importância pra Jesus e esquece de dar menos importância pra você. Sendo Jesus tão poderoso quanto você acredita, você acha mesmo que ele ia te ajudar a salvar um feijãozinho do fogo? Você acha que ele não tem coisa melhor pra fazer do que te ajudar a não queimar um pouco o feijão?


Depois dizem que eu é que não tenho paciência.



Pensamento Filosófico: Se existe uma coisa nojenta no corpo humano, é o cotovelo.