Um blog sobre coisa alguma.

21.5.07

Há alguns programas de rádio sobre futebol que insistem em tentar ser culturais ao mesmo tempo. Enquanto futebol não é cultura, o programa também nnao deve ser. Ouvi um rapaz comentando sobre a Alemanha e uma bela praça alemã, perto de uma igreja muito bonita. Segundo ele, nessa praça havia um parque, onde as pessoas andavam de bicicleta, iam com as criançãs e faziam piquenique no chão, com os amigos. E ele exaltava a praça e o parque, e o comportamento dos alemães, que se unem nessa praça pra se dievertir. Que maravilha de parque. Que beleza de praça. Uma coisa sem igual, uma maravilha sem precedentes. Não fosse o fato de que fazemos exatamente a mesma coisa no parque do Ibirapuera e ninguém fala nada. Ninguém liga. Quando é na Alemanha é lindo, mas aqui é uma merda.
Não entendi direito o motivo daquele comentário. Achei idiota. Mas continuei ouvindo. O mesmo rapaz comenta que nessa mesma praça há pessoas tocando violinos por alguns trocados, ou seja, você caminha ao som de música, uma delícia de praça.
Eu trabalho perto da Paulista, e sempre que vou embora passo por um rapaz cabeludo que toca sanfona em troca de dinheiro. Já cansei de ouvir gente chamando o cara de vagabundo, de folgado, que devia trabalhar, que tinha que arrumar emprego, vagabudno, vagabundo.
Mais uma vez eu pensei: na Alemanha é lindo, um rapaz tocando música para os transeuntes, uma delícia. No Brasil, é um vagabundo, filho da puta desempregado.

O que eu acho? Vagabundo é vagabundo em qualquer lugar. Não venha me dizer que só por ser alemão, o loirinho é menos vagabundo do que o brasileiro. Vagabundo é vagabundo pela atitude e nnao pela nacionalidade. Mas jornalista bom é aquele que consegue ser parcial em todas as opiniões. Esse do programa esportivo deve ser um gênio. E um belo filho de uma puta.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Por isso que eu só vejo o Mílton Neves.

5 June 2007 at 16:30

 

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