Um blog sobre coisa alguma.

8.5.07

A maravilhosa humanidade.

Um dia um homem das cavernas conseguiu contar pedras. Sabia que 5 pedras menos quatro pedras deixavam ele com apenas uma pedra. Genial pra sua época, mas fudeu a humanidade toda quando ele pegou seu lobo de estimação e mostrou aquilo pro lobinho, que não entendeu nada. Daí pra frente a humanidade passa por um caminho perigoso formado por: consciência da inteligência; auto-suficiência; noção; chatice; vida idiota; morte por suicídio.

Quando aquele cara descobriu que pensava e o cachorro não, ele logo pensou (pra usar de uma vez suas qualidades): "eu sou muito melhor que esse cachorro. Vou explorar esse dog filho da puta pra fazer coisas pra mim." Começou a parte da consciência da inteligência, começou a ficar em casa e o animal rodando o moinho, sentar na biga e o cavalo puxar a carroça, apoiar no arado e o boi andar pelo pasto. Eu acho que esses caras eram louváveis, animais são animais, irracionais (essa palavra surgiu depois do cara do cachorro, mas ele pensava nesse conceito), e podem nos ajudar muito. Não sou eu que vou ficar aqui defendendo animal ou índio. A ajuda dos animais era tão boa pros seres humanos que vários deles trepavam com os cabritinhos. Não é carinhoso?
Quando a humanidade começa a se achar fudida pra caralho, que manda nos bichos, que é o único animal inteligente, que consegue inventar coisas, criar máquinas e pode fazer o que quiser, chega à auto-suficiência. Cacete, a gente é fudido mesmo! Mas esquece que precisa, pelo menos, de oxigênio. Água se fabrica em laboratório, árvore também, mas oxigênio não. Então todo mundo cai na real e passa para a fase da noção. Alguém levanta a mão lá no fundo e fala: "mas se eu tiver dinheiro, puta e emprego mas não conseguir respirar, onde eu compro mais disso aí?" e começaram a pensar que, no mínimo o oxigênio precisa ser preservado. E começa a chatice. Eco-pentelhos, greenpeaces, petas e mais meia dúzia de pessoas que possuem ongs e sobrevivem muito bem de doações do dinheiro dos outros sem fazer esforço nenhum. Quase como um "dono" de sindicato. E enche a televisão com avisos sobre a morte dos animais, sobre o aquecimento global, sobre o efeito estufa, sobre a poluição do mar, o petróleo na água, as geleiras derretendo, os ursos polares canhotos e toda essa baboseira que toma espaço das gostosas na playboy, porque tem uma reportagem sobre essas merdas, cortam a Sexta Sexy pra colocar um Globo repórter, acabam com o futebol porque não pode pisar na grama, toda novela tem pelo menos um casal gay, um ambientalista e um desmatador, que é o vilão, e as empresas só fazem propaganda pr dizer que não maltratam o meio ambiente e eu me impressiono até com o fato da Natura ter lucro, porque ela é tão preocupada com o meio ambiente que eu acho que ela distribui shampoo e passa creme anti-rugas em casca de mogno. A consequência disso é a vida chata. "Não urine no jardim, filhinho. O ácido úrico mata as proteínas que dão sustância pra seiva da grama e a graminha vai pro céu." "filho, você vai andar de bicicleta, então coloca o capacetinho, a joelheira e a cotoveleira pra não se machucar." "Ai amor, você higienizou o seu trazeiro com papel de novo? já não falei que a cada vez que você defeca uma árvore é morta só pra desinfectar seu ânus?"
É a parte em que estamos agora. Você nota que não dá mais pra ligar a televisão e não ter uma reportagem sobre o meio ambiente e uma imagem de geleira derretendo. O próximo passo é o suicídio coletivo, quando ninguém mais aguentar ouvir tanto papinho politicamente correto.
Felizes eram nosso avós, que queimavam florestas, largavam comida no prato, a zona era liberada e a aids não existia.

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